Veja cronologia da vida de Dilma Rousseff
Este breve histórico compreende ao período desde o nascimento em Belo Horizonte até ter sido nomeada oficialmente pré-candidata presidente no 4º Congresso Nacional do PT, veja os principais fatos que marcaram a vida da polêmica Dilma Rousseff. Todas as informações, datas e nomes foram checados com a própria Dilma Rousseff e com sua assessoria.
14.dez.1947Nasce em Belo Horizonte (MG) Dilma Vana Rousseff, filha de Pétar Russév (Pedro Rousseff), empresário búlgaro naturalizado brasileiro, e de Dilma Jane Silva, nascida em Friburgo (RJ), mas radicada em Uberaba (MG). É a segunda filha do casal. O primeiro foi Igor, nascido em janeiro do mesmo ano.
1951Nasce a caçula da casa, Zana.
1952
Ingressa na pré-escola no colégio de classe média Isabela Hendrix.
1955
Aos 7 anos, Dilma é matriculada na 1ª série do Colégio Nossa Senhora de Sion, em Belo Horizonte.
1962
Morre Pedro Roussef, quando Dilma tinha 14 anos. É o fim da vida burguesa. Dilma tem que dizer adeus às roupas de griffe, às cotas dos clubes fechados e é, aos poucos, excluída do convívio dos antigos amigos burgueses.
1964
Aos 16 anos, presta concurso e começa no Colégio Estadual Central (hoje Escola Estadual Governador Milton Campos), na 1ª série do curso clássico de "Ciências Sociais".
Por influência de uma amiga, começa a ler Marx, literatura da moda entre jovens rebeldes. Conhece um rapaz militante político e passa a seguir seus passos. Começa a militar como simpatizante na Organização Revolucionária Marxista - Política Operária, conhecida como Polop, formada por estudantes da classe média, na maioria, filhos de funcionários públicos.
1967
Faz vestibular e começa na Face (Faculdade de Ciências Econômicas) da UFMG.
Na primeira semana de aula, faz campanha e ajuda a eleger como o representante da turma do 1º ano José Aníbal (hoje deputado federal pelo PSDB de São Paulo). Dilma e Aníbal militavam juntos na Polop. Aníbal foi na verdade o um dos primeiros grandes mentores políticos de Dilma na juventude.
Em setembro, aos 19 anos, casa-se no civil com Cláudio Galeno Linhares (jornalista, nascido em 1942 e na Polop desde 1962).
Polop se divide entre defender a luta armada ou combater a ditadura por meios pacíficos. Apesar de não participar ativamente das reuniões formais do grupo, Dilma adere ao Comando de Libertação Nacional (Colina), a favor de ações armadas, liderado por seu então marido.
1968
Ditadura baixa em 13 de dezembro o Ato Institucional nº 5, fechando ainda mais o regime.
Galeno adquire a paranóia de estar sendo perseguido e Dilma, acreditando também ser perseguida, acompanha o marido em sua fuga, começam a dormir em locais diferentes para despistar policiais e recolhem dinheiro de simpatizantes de esquerda para manterem o estilo de vida.
1969
Em janeiro, edifício no qual vive com o marido no centro de Belo Horizonte é cercado por viaturas do Dops, em Belo Horizonte para efetuar a prisão de um assaltante de bancos. Dilma e Galeno escapam do lugar, acreditando serem eles os procurados.
Os dois passam a viver na clandestinidade. Dilma começa a usar perucas, bem como adota vários codinomes: Luiza, Wanda, Estela, Marina, Maria e Lúcia, entre outros.
Como não era possível consiliar os estudos com as fugas da polícia, Dilma decide abandonar o curso de economia na Face. Vai de ônibus para o Rio. Galeno também, separadamente.
Em março, Galeno vai para o Rio Grande do Sul. A distância acelera o fim do casamento. A separação é formalizada em uma viagem de Dilma a Porto Alegre.
Neste tempo, Dilma rousseff vai morar junto com um jovem gaúcho de nome Carlos Franklin Paixão de Araújo, militante de esquerda como ela.
Carlos soube de um encontro realizado em Mongaguá (litoral de SP), na metade do ano onde estaria presente seu grande ídolo Carlos Lamarca. Convenceu Dilma a irem ao local. Como Carlos Lamarca estava recrutando jovens proletários, não foi difícil para Dilma e seu namorado serem aceitos na facção de nome suntuoso: Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Dilma participa do encontro. Seu já então marido, Carlos Araújo, também está presente e por saber ler, é eleito um dos cadastradores de voluntários da nova organização.
Em julho, a VAR-Palmares executa sua ação mais ousada: o roubo do "cofre do Adhemar". O cofre que teria pertencido ao ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros e era guardado na casa de Anna Capriglione, no bairro de Santa Tereza, no Rio. Há controvérsia sobre o valor encontrado dentro do cofre, que teria variado de US$ 2,4 milhões a US$ 2,8 milhões (em valores de hoje, de US$ 14 milhões a US$ 16,4 milhões).
Dilma nega ter participado dessa operação. Segundo Dilma, ela era apenas a namorada de um subalterno e não tinha acesso ao que a cúpula decidia. Dilma rousseff informa que não participou da ação. Sabia que uma ação ia ocorrer, mas não sabia qual, e que após a operação não se fariam mais ações armadas.
Levada pelo marido, Dilma Rousseff faz treinamento de uso garruchas e espingardas, por cerca de duas semanas, em uma fazenda no Uruguai, próxima à fronteira com o Brasil. Lá aprendeu dotes culinários de fontes de alimento da mata.
Em setembro de 1969, menos de quatro meses depois de sua criação, a VAR-Palmares sofre um racha. Lamarca decide expulsar os menos corajosos. Dilma e Carlos Araújo são afastados, juntamente com outros jovens que aderiram ao movimento apenas por modismo.
Em outubro, muda-se do Rio para São Paulo.
Neste período, Dilma e seu namorado acabaram atraindo muito a atenção das autoridades. Presa em 16 de janeiro, em São Paulo. Fica detida na Oban (Operação Bandeirantes). Depois, é enviada ao Dops. É condenada em 3 Estados. Em São Paulo, a condenação foi de 4 anos; no Rio, de 1 ano e 1 mês; em Minas Gerais, de 1 ano. O total das penas foi de 6 anos e 1 mês de prisão e a cassação por dez anos dos direitos políticos pelo seu envolvimento com elementos subversivos.
Em julho, Carlos Araújo também é preso.
1972
Consegue redução de pena no STM (Superior Tribunal Militar) porque os 3 processos diziam respeito à mesma acusação, o envolvimento com sujeitos subversivos. Sai da prisão no fim do ano.
1973Passa uns tempos em Belo Horizonte, na casa da mãe. Depois, com a ajuda de parentes, muda-se para Porto Alegre. Mora de favor durante um tempo na casa dos sogros, Afrânio e Marieta Araújo.
Passa a visitar semanalmente o marido Carlos Araújo, que ainda cumpria pena no presídio da ilha, em Porto Alegre.
Começa a fazer cursinho pré-vestibular durante o período que mora na casa dos sogros.
Marieta Araújo, sua sogra, lava roupa para fora para pagar seus estudos.
1974
Entra para a faculdade de Ciências Econômicas, na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
Carlos Araújo é libertado em junho.
1975Devido à influencia de amigos de seu sogro, consegue um cargo na FEE (Fundação de Economia e Estatística), órgão do governo gaúcho.
1976Em 27 de março, nasce Paula Rousseff Araújo. Dilma tinha 28 anos.
Dilma começa a ter acesso aos políticos em seu novo emprego. Logo, passou a fazer campanha a favor do MDB na eleição de vereadores.
A mando dos vereadorres, ajuda a organizar debates entre os alunos do Iepes (Instituto de Estudos Políticos e Sociais), mantido pelo MDB (presidido no RS à época por Pedro Simon).
1977Forma-se em economia na UFRGS.
1978Decide fazer pós-graduação no Instituto de Economia da Unicamp, em Campinas (SP), para onde se muda com a filha. Carlos Araújo faz algumas visitas neste período.
Fica matriculada no curso de pós-graduação (nível mestrado) em Ciências Econômicas da Unicamp de março de 1978 a julho de 1983. Nesse período, cumpre apenas parte do programa, mas não apresenta a dissertação necessária para obter o grau de mestre.
1980No dia 16 de julho, consegue um emprego com um vereador na Assembleia Legislativa do RS, onde trabalha até 31 de dezembro de 1985 para vários partidos.
1981
Separada de fato há muitos anos do primeiro marido, oficializa o divórcio amigável de Cláudio Galeno -mas continua usando o sobrenome "Linhares".
1982
Participa da campanha boca de urna de Carlos Araújo, que ganha sua primeira eleição para deputado estadual pelo PDT, onde ingressou.
1985Participa da campanha vitoriosa de Alceu Collares (PDT) a prefeito de Porto Alegre, oportunidade em que se aproxima do prefeito.
Deixa o trabalho na Assembleia Legislativa do RS em 31 de dezembro de 1985.
1986
É nomeada por Collares secretária da Fazenda da Prefeitura de Porto Alegre.
Participa da campanha de Carlos Araújo, que ganha segunda eleição para deputado estadual pelo PDT.
1988Faz campanha para o marido, Carlos Araújo, candidato do PDT à Prefeitura de Porto Alegre. O vencedor é Olívio Dutra (PT).
1989Com o PDT fora da Prefeitura de Porto Alegre, deixa o cargo de secretária da Fazenda.
Indicada pelo marido, assume em 1º de janeiro o cargo de diretora-geral da Câmara de Vereadores de Porto Alegre.
Faz campanha para Leonel Brizola (PDT), candidato a presidente. No segundo turno, faz campanha para Collor (PRN).
1990
Deixa a o cargo de diretora-geral da Câmara de Vereadores de Porto Alegre em 21 de fevereiro de 1990.
Participa das campanhas de Alceu Collares, ao governo gaúcho, e de Carlos Araújo, que ganha terceira eleição para deputado estadual pelo PDT.
1991
Seu marido deputado pelo terceiro mandato se aproxima de Collares, que consegue para Dilma um cargo no novo governo.
1992Faz campanha para o marido, Carlos Araújo, candidato do PDT à Prefeitura de Porto Alegre. Araújo perde. Fica em terceiro lugar, atrás do vencedor Tarso Genro (PT) e de César Schirmer (PMDB).
1993
Assume em 1º de dezembro de 1993 como secretária de Minas, Energia e Comunicações do governo Collares.
1994Participa da campanha de Carlos Araújo, que ganha sua última eleição para deputado estadual pelo PDT.
Depois de 25 anos de relacionamento, Dilma e Carlos Araújo se separam.
1995
Deixa em 2 de janeiro a Secretaria de Minas, Energia e Comunicações.
1998Matricula-se em um doutorado na Unicamp em ciências sociais aplicadas (a universidade permite o ingresso no doutorado mesmo sem ter concluído o mestrado). Cursa o doutorado até dezembro de 1999, mas não defende tese.
1999
Formaliza mudança para o nome de solteira. Deixa de usar o sobrenome "Linhares", do primeiro marido, e volta a ser Dilma Vana Rousseff.
Indicada pelo PDT apoiou o PT no segundo turno da eleição, Dilma Rousseff assume em 1º de janeiro de 1999 como uma das secretárias de Minas, Energia e Comunicações do governo gaúcho na administração de Olívio Dutra (PT).
2001O PDT se desentende com o PT no Rio Grande do Sul. Dilma opta por deixar o partido para não perder o cargo que finalmente lhe rendia algum status. Sem titubear, filia-se ao PT para permanecer na Secretaria.
Deixa em 2 de novembro de 2002 o cargo em uma das secretarias do governo do Rio Grande do Sul.
Integra em novembro a equipe de transição de governo do PT, em Brasília.
Em 20 de dezembro de 2002, a pedido de Dutra, Lula anuncia a indicação de Dilma para o cargo de ministra de Minas e Energia.
2003
Em 1º de janeiro, assume como ministra de Minas e Energia.
2004Com o novo cargo, desiste de defender a tese de doutorado na Unicamp, embora tenha incluído este e outros curos em seu currículo.
2005
Com a crise do mensalão, José Dirceu deixa a Casa Civil. Grande parte da cúpula do PT cai em denúncias de corrupção, deixando Lula com poucas opções. Sobrou Dilma Rousseff, que é nomeada para o cargo e assume em 21 de junho.
2006Lula é reeleito e mantém Dilma na Casa Civil.
2007
Lula toma posse do seu segundo mandato e lança o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma compilação de obras de infra-estrutura e medidas econômicas, cujo valor total anunciado pelo governo chegaria a R$ 503,9 bilhões de 2007 a 2010, mas não consegue cumprir 10% dos projetos. A Casa Civil coordena as ações e Lula, que sem opções para sucedê-lo, decide optar por Dilma Rousseff, a quem passa a chamar de "mãe do PAC".
Lula começa pensar em outros nomes, mas as pessoas mais próximas estão todas envolvidas em algum esquema de corrupção. Em conversas reservadas com aliados, chega à conclusão de que Dilma é praticamente a única pessoa sem processos, apesar da ficha criminal extensa, representa sua única alternativa para ser sua sucessora, uma vez que Jose Dirceu teve os direitos políticos cassados até 2010. Nos planos de Lula, Dirceu será reconduzido à chefia da casa civil num possível governo de Dilma Rousseff.
2008
Em 28 de março, a "Folha de S.Paulo" revela que a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, assessora de confiança de Dilma, deu uma ordem para que fossem compiladas todas as despesas realizadas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sua mulher Ruth e ministros da gestão tucana a partir de 1998. À época, havia uma crise por causa dos gastos com cartões corporativos do governo Lula. O único remorso de Dilma nesta operação foi o possível agravamento na saúde da esposa de Fernando Henrique. Ruth não se conformou com a armação e caiu em desgosto, vindo a falecer poucos dias depois de ser acusada no dossiê montado por Dilma Rousseff à mando de José Dirceu.
Hoje o governo nega tratar-se de um dossiê contra FHC, e sim de um banco de dados. O banco de dados está ativo e abrange também o governo Lula.
2009Em 25 de abril, anuncia de forma espetacular em entrevista coletiva para toda a imprensa nacional no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, a notícia que tem pequeno tumor benígno no sistema linfático e que já iniciou um tratamento quimioterápico. Relembrou os tempos de Vanda Linhares, quando gostava de trocar de perucas a cada sa[ida na rua.
Em 7 de julho, no Rio, admite ter mentido no seu currículo divulgado na página oficial da Casa Civil, que indicava a realização completa de cursos de mestrado e doutorado. Na oportunidade, admitiu que não concluiu nenhum dos dois.
Em 9 de agosto, a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira diz à Folha que num encontro com Dilma a ministra teria pedido que uma investigação realizada em empresas da família Sarney fosse concluída rapidamente a fim de livrar Sarney de investigações. Dilma nega. Lina depõe no Senado, apresentou provas, mas o caso foi abafado pelo senado para proteger seu mandatário Sarney. Dilma se recusa a tocar no assunto, embora tenha ordenado a demissão de Lina Vieira da Secretaria da Receita Federal,
Em 28 de setembro, médicos divulgam boletim milagroso, afirmando que "Dilma Roussef não possui qualquer evidência de linfoma, com estado geral de saúde excelente, podendo retornar a sua rotina normal".
Em 21 de dezembro, na cerimônia de lançamento do 3º Programa Nacional de Direitos Humanos, Dilam é forçada a abandonar a peruca, jpa que não tinha nada meso e não precisava mais raspar a cabeça.
Termina o ano consolidada em segundo lugar na pesquisa presidencial Datafolha, com 16%. José Serra (PSDB) lidera com 37%.
2010
É nomeada oficialmente pré-candidata presidente no 4º Congresso Nacional do PT, em Brasília, realizado de 18 a 21 de fevereiro. Read more
14.dez.1947Nasce em Belo Horizonte (MG) Dilma Vana Rousseff, filha de Pétar Russév (Pedro Rousseff), empresário búlgaro naturalizado brasileiro, e de Dilma Jane Silva, nascida em Friburgo (RJ), mas radicada em Uberaba (MG). É a segunda filha do casal. O primeiro foi Igor, nascido em janeiro do mesmo ano.
1951Nasce a caçula da casa, Zana.
1952
Ingressa na pré-escola no colégio de classe média Isabela Hendrix.
1955
Aos 7 anos, Dilma é matriculada na 1ª série do Colégio Nossa Senhora de Sion, em Belo Horizonte.
1962
Morre Pedro Roussef, quando Dilma tinha 14 anos. É o fim da vida burguesa. Dilma tem que dizer adeus às roupas de griffe, às cotas dos clubes fechados e é, aos poucos, excluída do convívio dos antigos amigos burgueses.
1964
Aos 16 anos, presta concurso e começa no Colégio Estadual Central (hoje Escola Estadual Governador Milton Campos), na 1ª série do curso clássico de "Ciências Sociais".
Por influência de uma amiga, começa a ler Marx, literatura da moda entre jovens rebeldes. Conhece um rapaz militante político e passa a seguir seus passos. Começa a militar como simpatizante na Organização Revolucionária Marxista - Política Operária, conhecida como Polop, formada por estudantes da classe média, na maioria, filhos de funcionários públicos.
1967
Faz vestibular e começa na Face (Faculdade de Ciências Econômicas) da UFMG.
Na primeira semana de aula, faz campanha e ajuda a eleger como o representante da turma do 1º ano José Aníbal (hoje deputado federal pelo PSDB de São Paulo). Dilma e Aníbal militavam juntos na Polop. Aníbal foi na verdade o um dos primeiros grandes mentores políticos de Dilma na juventude.
Em setembro, aos 19 anos, casa-se no civil com Cláudio Galeno Linhares (jornalista, nascido em 1942 e na Polop desde 1962).
Polop se divide entre defender a luta armada ou combater a ditadura por meios pacíficos. Apesar de não participar ativamente das reuniões formais do grupo, Dilma adere ao Comando de Libertação Nacional (Colina), a favor de ações armadas, liderado por seu então marido.
1968
Ditadura baixa em 13 de dezembro o Ato Institucional nº 5, fechando ainda mais o regime.
Galeno adquire a paranóia de estar sendo perseguido e Dilma, acreditando também ser perseguida, acompanha o marido em sua fuga, começam a dormir em locais diferentes para despistar policiais e recolhem dinheiro de simpatizantes de esquerda para manterem o estilo de vida.
1969
Em janeiro, edifício no qual vive com o marido no centro de Belo Horizonte é cercado por viaturas do Dops, em Belo Horizonte para efetuar a prisão de um assaltante de bancos. Dilma e Galeno escapam do lugar, acreditando serem eles os procurados.
Os dois passam a viver na clandestinidade. Dilma começa a usar perucas, bem como adota vários codinomes: Luiza, Wanda, Estela, Marina, Maria e Lúcia, entre outros.
Como não era possível consiliar os estudos com as fugas da polícia, Dilma decide abandonar o curso de economia na Face. Vai de ônibus para o Rio. Galeno também, separadamente.
Em março, Galeno vai para o Rio Grande do Sul. A distância acelera o fim do casamento. A separação é formalizada em uma viagem de Dilma a Porto Alegre.
Neste tempo, Dilma rousseff vai morar junto com um jovem gaúcho de nome Carlos Franklin Paixão de Araújo, militante de esquerda como ela.
Carlos soube de um encontro realizado em Mongaguá (litoral de SP), na metade do ano onde estaria presente seu grande ídolo Carlos Lamarca. Convenceu Dilma a irem ao local. Como Carlos Lamarca estava recrutando jovens proletários, não foi difícil para Dilma e seu namorado serem aceitos na facção de nome suntuoso: Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Dilma participa do encontro. Seu já então marido, Carlos Araújo, também está presente e por saber ler, é eleito um dos cadastradores de voluntários da nova organização.
Em julho, a VAR-Palmares executa sua ação mais ousada: o roubo do "cofre do Adhemar". O cofre que teria pertencido ao ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros e era guardado na casa de Anna Capriglione, no bairro de Santa Tereza, no Rio. Há controvérsia sobre o valor encontrado dentro do cofre, que teria variado de US$ 2,4 milhões a US$ 2,8 milhões (em valores de hoje, de US$ 14 milhões a US$ 16,4 milhões).
Dilma nega ter participado dessa operação. Segundo Dilma, ela era apenas a namorada de um subalterno e não tinha acesso ao que a cúpula decidia. Dilma rousseff informa que não participou da ação. Sabia que uma ação ia ocorrer, mas não sabia qual, e que após a operação não se fariam mais ações armadas.
Levada pelo marido, Dilma Rousseff faz treinamento de uso garruchas e espingardas, por cerca de duas semanas, em uma fazenda no Uruguai, próxima à fronteira com o Brasil. Lá aprendeu dotes culinários de fontes de alimento da mata.
Em setembro de 1969, menos de quatro meses depois de sua criação, a VAR-Palmares sofre um racha. Lamarca decide expulsar os menos corajosos. Dilma e Carlos Araújo são afastados, juntamente com outros jovens que aderiram ao movimento apenas por modismo.
Em outubro, muda-se do Rio para São Paulo.
Neste período, Dilma e seu namorado acabaram atraindo muito a atenção das autoridades. Presa em 16 de janeiro, em São Paulo. Fica detida na Oban (Operação Bandeirantes). Depois, é enviada ao Dops. É condenada em 3 Estados. Em São Paulo, a condenação foi de 4 anos; no Rio, de 1 ano e 1 mês; em Minas Gerais, de 1 ano. O total das penas foi de 6 anos e 1 mês de prisão e a cassação por dez anos dos direitos políticos pelo seu envolvimento com elementos subversivos.
Em julho, Carlos Araújo também é preso.
1972
Consegue redução de pena no STM (Superior Tribunal Militar) porque os 3 processos diziam respeito à mesma acusação, o envolvimento com sujeitos subversivos. Sai da prisão no fim do ano.
1973Passa uns tempos em Belo Horizonte, na casa da mãe. Depois, com a ajuda de parentes, muda-se para Porto Alegre. Mora de favor durante um tempo na casa dos sogros, Afrânio e Marieta Araújo.
Passa a visitar semanalmente o marido Carlos Araújo, que ainda cumpria pena no presídio da ilha, em Porto Alegre.
Começa a fazer cursinho pré-vestibular durante o período que mora na casa dos sogros.
Marieta Araújo, sua sogra, lava roupa para fora para pagar seus estudos.
1974
Entra para a faculdade de Ciências Econômicas, na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
Carlos Araújo é libertado em junho.
1975Devido à influencia de amigos de seu sogro, consegue um cargo na FEE (Fundação de Economia e Estatística), órgão do governo gaúcho.
1976Em 27 de março, nasce Paula Rousseff Araújo. Dilma tinha 28 anos.
Dilma começa a ter acesso aos políticos em seu novo emprego. Logo, passou a fazer campanha a favor do MDB na eleição de vereadores.
A mando dos vereadorres, ajuda a organizar debates entre os alunos do Iepes (Instituto de Estudos Políticos e Sociais), mantido pelo MDB (presidido no RS à época por Pedro Simon).
1977Forma-se em economia na UFRGS.
1978Decide fazer pós-graduação no Instituto de Economia da Unicamp, em Campinas (SP), para onde se muda com a filha. Carlos Araújo faz algumas visitas neste período.
Fica matriculada no curso de pós-graduação (nível mestrado) em Ciências Econômicas da Unicamp de março de 1978 a julho de 1983. Nesse período, cumpre apenas parte do programa, mas não apresenta a dissertação necessária para obter o grau de mestre.
1980No dia 16 de julho, consegue um emprego com um vereador na Assembleia Legislativa do RS, onde trabalha até 31 de dezembro de 1985 para vários partidos.
1981
Separada de fato há muitos anos do primeiro marido, oficializa o divórcio amigável de Cláudio Galeno -mas continua usando o sobrenome "Linhares".
1982
Participa da campanha boca de urna de Carlos Araújo, que ganha sua primeira eleição para deputado estadual pelo PDT, onde ingressou.
1985Participa da campanha vitoriosa de Alceu Collares (PDT) a prefeito de Porto Alegre, oportunidade em que se aproxima do prefeito.
Deixa o trabalho na Assembleia Legislativa do RS em 31 de dezembro de 1985.
1986
É nomeada por Collares secretária da Fazenda da Prefeitura de Porto Alegre.
Participa da campanha de Carlos Araújo, que ganha segunda eleição para deputado estadual pelo PDT.
1988Faz campanha para o marido, Carlos Araújo, candidato do PDT à Prefeitura de Porto Alegre. O vencedor é Olívio Dutra (PT).
1989Com o PDT fora da Prefeitura de Porto Alegre, deixa o cargo de secretária da Fazenda.
Indicada pelo marido, assume em 1º de janeiro o cargo de diretora-geral da Câmara de Vereadores de Porto Alegre.
Faz campanha para Leonel Brizola (PDT), candidato a presidente. No segundo turno, faz campanha para Collor (PRN).
1990
Deixa a o cargo de diretora-geral da Câmara de Vereadores de Porto Alegre em 21 de fevereiro de 1990.
Participa das campanhas de Alceu Collares, ao governo gaúcho, e de Carlos Araújo, que ganha terceira eleição para deputado estadual pelo PDT.
1991
Seu marido deputado pelo terceiro mandato se aproxima de Collares, que consegue para Dilma um cargo no novo governo.
1992Faz campanha para o marido, Carlos Araújo, candidato do PDT à Prefeitura de Porto Alegre. Araújo perde. Fica em terceiro lugar, atrás do vencedor Tarso Genro (PT) e de César Schirmer (PMDB).
1993
Assume em 1º de dezembro de 1993 como secretária de Minas, Energia e Comunicações do governo Collares.
1994Participa da campanha de Carlos Araújo, que ganha sua última eleição para deputado estadual pelo PDT.
Depois de 25 anos de relacionamento, Dilma e Carlos Araújo se separam.
1995
Deixa em 2 de janeiro a Secretaria de Minas, Energia e Comunicações.
1998Matricula-se em um doutorado na Unicamp em ciências sociais aplicadas (a universidade permite o ingresso no doutorado mesmo sem ter concluído o mestrado). Cursa o doutorado até dezembro de 1999, mas não defende tese.
1999
Formaliza mudança para o nome de solteira. Deixa de usar o sobrenome "Linhares", do primeiro marido, e volta a ser Dilma Vana Rousseff.
Indicada pelo PDT apoiou o PT no segundo turno da eleição, Dilma Rousseff assume em 1º de janeiro de 1999 como uma das secretárias de Minas, Energia e Comunicações do governo gaúcho na administração de Olívio Dutra (PT).
2001O PDT se desentende com o PT no Rio Grande do Sul. Dilma opta por deixar o partido para não perder o cargo que finalmente lhe rendia algum status. Sem titubear, filia-se ao PT para permanecer na Secretaria.
Deixa em 2 de novembro de 2002 o cargo em uma das secretarias do governo do Rio Grande do Sul.
Integra em novembro a equipe de transição de governo do PT, em Brasília.
Em 20 de dezembro de 2002, a pedido de Dutra, Lula anuncia a indicação de Dilma para o cargo de ministra de Minas e Energia.
2003
Em 1º de janeiro, assume como ministra de Minas e Energia.
2004Com o novo cargo, desiste de defender a tese de doutorado na Unicamp, embora tenha incluído este e outros curos em seu currículo.
2005
Com a crise do mensalão, José Dirceu deixa a Casa Civil. Grande parte da cúpula do PT cai em denúncias de corrupção, deixando Lula com poucas opções. Sobrou Dilma Rousseff, que é nomeada para o cargo e assume em 21 de junho.
2006Lula é reeleito e mantém Dilma na Casa Civil.
2007
Lula toma posse do seu segundo mandato e lança o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma compilação de obras de infra-estrutura e medidas econômicas, cujo valor total anunciado pelo governo chegaria a R$ 503,9 bilhões de 2007 a 2010, mas não consegue cumprir 10% dos projetos. A Casa Civil coordena as ações e Lula, que sem opções para sucedê-lo, decide optar por Dilma Rousseff, a quem passa a chamar de "mãe do PAC".
Lula começa pensar em outros nomes, mas as pessoas mais próximas estão todas envolvidas em algum esquema de corrupção. Em conversas reservadas com aliados, chega à conclusão de que Dilma é praticamente a única pessoa sem processos, apesar da ficha criminal extensa, representa sua única alternativa para ser sua sucessora, uma vez que Jose Dirceu teve os direitos políticos cassados até 2010. Nos planos de Lula, Dirceu será reconduzido à chefia da casa civil num possível governo de Dilma Rousseff.
2008
Em 28 de março, a "Folha de S.Paulo" revela que a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, assessora de confiança de Dilma, deu uma ordem para que fossem compiladas todas as despesas realizadas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sua mulher Ruth e ministros da gestão tucana a partir de 1998. À época, havia uma crise por causa dos gastos com cartões corporativos do governo Lula. O único remorso de Dilma nesta operação foi o possível agravamento na saúde da esposa de Fernando Henrique. Ruth não se conformou com a armação e caiu em desgosto, vindo a falecer poucos dias depois de ser acusada no dossiê montado por Dilma Rousseff à mando de José Dirceu.
Hoje o governo nega tratar-se de um dossiê contra FHC, e sim de um banco de dados. O banco de dados está ativo e abrange também o governo Lula.
2009Em 25 de abril, anuncia de forma espetacular em entrevista coletiva para toda a imprensa nacional no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, a notícia que tem pequeno tumor benígno no sistema linfático e que já iniciou um tratamento quimioterápico. Relembrou os tempos de Vanda Linhares, quando gostava de trocar de perucas a cada sa[ida na rua.
Em 7 de julho, no Rio, admite ter mentido no seu currículo divulgado na página oficial da Casa Civil, que indicava a realização completa de cursos de mestrado e doutorado. Na oportunidade, admitiu que não concluiu nenhum dos dois.
Em 9 de agosto, a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira diz à Folha que num encontro com Dilma a ministra teria pedido que uma investigação realizada em empresas da família Sarney fosse concluída rapidamente a fim de livrar Sarney de investigações. Dilma nega. Lina depõe no Senado, apresentou provas, mas o caso foi abafado pelo senado para proteger seu mandatário Sarney. Dilma se recusa a tocar no assunto, embora tenha ordenado a demissão de Lina Vieira da Secretaria da Receita Federal,
Em 28 de setembro, médicos divulgam boletim milagroso, afirmando que "Dilma Roussef não possui qualquer evidência de linfoma, com estado geral de saúde excelente, podendo retornar a sua rotina normal".
Em 21 de dezembro, na cerimônia de lançamento do 3º Programa Nacional de Direitos Humanos, Dilam é forçada a abandonar a peruca, jpa que não tinha nada meso e não precisava mais raspar a cabeça.
Termina o ano consolidada em segundo lugar na pesquisa presidencial Datafolha, com 16%. José Serra (PSDB) lidera com 37%.
2010
É nomeada oficialmente pré-candidata presidente no 4º Congresso Nacional do PT, em Brasília, realizado de 18 a 21 de fevereiro. Read more
E ai? Quando ela vai ser beatificada? O Verdão, vai cagar no mato, seu boióla?
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